quarta-feira, 27 de maio de 2015

Grupo Erastos - no ritmo das horas, a dança do tempo

Grupo Erastos, de Maringá, traz ao Circo Funcart espetáculo de dança sobre um dos maiores norteadores da experiência humana. Coreografia é assinada por bailarino londrinense

Foto Isa Dantas
Todos os dias, o homem deve escolher como gastar os 86.400 segundos disponíveis nas próximas 24 horas. Precisa também carregar sobre ombros o saldo dos anos anteriores e estimar o período necessário aos planos futuros. Dos calendários dependem a experiência e o porvir. Olhando atentamente, talvez não haja no mundo algo que comporte mais significados que a palavra tempo. É o que discute o Grupo Erastos, de Maringá, no espetáculo “Quanto Tempo o Tempo Tem?”, em cartaz no Circo Funcart (Av. Souza Naves, 2380) nos dias 30 e 31 de maio (sábado e domingo), às 20 horas. Os ingressos custam R$10/R$5 (meia) e já estão à venda na secretaria da Funcart.

No palco, alternam-se quatro coreografias, estruturadas em dois eixos principais. No primeiro, são tratados aspectos relacionados à circularidade, à repetição e ao caráter infinito do tempo. No segundo, o tema é abordado sob a perspectiva dos ciclos vitais, com ênfase nos processos de gestação, nascimento e primeira infância. Em grande parte, “Quanto Tempo o Tempo Tem?” foi inspirado nos meses iniciais de vida do segundo filho do coreógrafo Cláudio de Souza. Cláudio é conhecido por atuar por mais de vinte anos no elenco do Ballet de Londrina.

Foto Fábio Alcover
Na montagem, o espectador vai ouvir sons característicos do útero materno e o ritmo cardíaco do bebê que inspirou o espetáculo. Início e fim, no entanto, não são equivalentes de fato na apresentação. O fluxo corriqueiro da vida humana é renegado e a morte, fim inevitável de todo tempo individualmente disponível, é tratada não como ponto final, mas como possibilidade de transformação e renascimento. “Eu quase segui pelo caminho do fim, mas preferi um desvio para retratar o renascer, via casulo”, explica Cláudio. Em boa medida, uma metáfora sobre como as horas de cada homem se perpetuam no período de vida de seus descendentes.

 As possibilidades de bom aproveitamento do tempo também são parte da montagem, que envereda pela retratação ora tediosa e hedonista da rotina. O quinteto repetição-pausa-silêncio-escuridão-luz pontua boa parte do espetáculo, instigando o público a compreender o tempo sob múltiplas perspectivas sensoriais. A direção da montagem é de Nara Dutra.  

Quanto tempo o tempo tem?
Grupo Erastos (Maringá)
Dias 30 e 31 de maio (sábado e domingo)
Horário: 20 horas
Local: Circo Funcart (Av. Souza Naves, 2380)
Duração: 45 minutos
Classificação indicativa: Livre
Ingressos: R$ 10 e R$ 5 (meia)
Informações: (43) 3342-2362


Ficha técnica:
Direção: Nara Dutra
Coreografia: Cláudio de Souza
Elenco: Ana Maria Ceolin, Amanda Baretta, Evelin Coelho, Fernanda Theodoro, Isadora Prado, Loraine Dutra e Marcely Bressan

Texto de divulgação: Claudia Freitas / Festival de Dança de Londrina


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