terça-feira, 29 de outubro de 2013

Escola Municipal de Dança encerra Outubro Rosa

Foto Fabio Alcover
         Na manhã desta quinta-feira (31/out), os bailarinos da Escola Municipal de Dança são convidados de honra do movimento “Outubro Rosa”. Eles apresentam a “Suíte Dom Quixote” na nova ala do Hospital do Câncer de Londrina (Rua Lucilla Ballalai, 378). A atração artística marca o encerramento da campanha mundial que, ao longo do mês, mobilizou entidades, empresas, instituições e a população na luta contra o câncer de mama.

         Durante a cerimônia, que começa às 10 horas, representantes do Outubro Rosa farão a exposição dos números da doença em Londrina e das conquistas do movimento no incentivo à detecção precoce do câncer. Também haverá uma homenagem a Lucilla Ballalai, fundadora, em 1965, da base do Instituto do Câncer de Londrina, que dava apoio às famílias dos pacientes. Além do número de dança, o evento também contará com a presença do Grupo vocal Chorus.

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Cine Com-Tour - Eu, Anna

CASA DE CULTURA E CINE COM-TOUR/UEL APRESENTAM DE 25 a 31/10 , DIARIAMENTE ÀS 20H30 (SESSÃO TAMBÉM ÀS 16H AOS SÁBADOS, DOMINGOS E FERIADOS)

EU, ANNA

(I, Anna) Inglaterra/Alemanha/França, 2012)

SINOPSE CURTA: 
Depois de passar por um doloroso divórcio, Anna Welles (Charlotte Rampling), mulher de meia-idade, envolve-se com comissário de polícia que investiga um caso de assassinato no qual ela é suspeita.



SINOPSE LONGA:
Sem conseguir dormir direito há semanas devido à recente separação, o detetive Bernie Reid (Gabriel Byrne) ronda a cidade de madrugada. Ao atender uma chamada, ele parte para um apartamento onde encontra um homem assassinado. Lá ele vê de relance uma mulher, Anna Welles (Charlotte Rampling), que lhe chama a atenção. Eles vão se conhecer de fato em uma festa de solteiros. Logo estão se relacionando afetivamente. Mas o policial começa a desconfiar dos segredos de Anna, que a colocam como suspeita do crime.

TRAILER LEGENDADO:  http://www.youtube.com/watch?v=EJVUOq97nZE


FICHA TÉCNICA:
Gênero: Drama
Direção: Barnaby Southcombe
Roteiro: Barnaby Southcombe,  baseado na obra de Elsa Lewin
Elenco: Caroline Catz, Charlotte Rampling, Eddie Marsan, Gabriel Byrne, Hayley Atwell, Honor Blackman, Jodhi May, Joey Ansah, Leandra Ashton, Max Deacon, Perry Benson, Ralph Brown, Roger Alborough, Silvia Crastan, Simon Balfour
Produção: Christopher Simon, Felix Vossen, Ilann Girard, Michael Eckelt
Fotografia: Ben Smithard
Montador: Peter Boyle
Trilha Sonora: K.I.D
Duração: 93 min.
Ano: 2012
País: Alemanha / França / Reino Unido
Cor: Colorido
Classificação: 14 anos

CURIOSIDADES: 
- A atriz Charlotte Rampling, 65, é mãe do diretor Barnaby Southcombe, 41, que estréia na direção em cinema depois de dez anos na TV inglesa.
- O compositor Jean Michel Jarre, que foi casado por vinte anos com Charlotte, tem uma breve aparição no filme.
- Uma das primeiras bond girls, Honor Blackman, a vilã Pussy Galore em Goldfinger (1963) também está no elenco no papel de Joan.

- Na trilha sonora, quatro musicas de Richar Hawley, compositor, cantor e guitarrista inglês cult, entre elas o hit Cry a Tear for the Man on the Moon

SONORA BRASIL no SESC Londrina

O Sonora Brasil – Formação de Ouvintes Musicais é um projeto temático que tem como objetivo desenvolver programações identificadas com o desenvolvimento histórico da música no Brasil.

Em sua 16ª edição, o projeto apresenta os temas – Tambores e Batuques e Edino Krieger e as Bienais de Música Brasileira Contemporânea – que serão desenvolvidos no biênio 2013/2014, com a participação de quatro grupos em cada tema.



Nesta 4ª Etapa, receberemos o Duo Cancionâncias.
Formado em 2007 por dois jovens músicos que vêm se destacando no cenário musical, especialmente na cidade do Rio de Janeiro, o Duo Cancionâncias tem se dedicado à difusão do repertório de música brasileira e latino-americana do século 20, com especial atenção aos compositores contemporâneos. 

Manuelai Camargo, soprano dramático, estudou com importantes mestres do canto, com destaque para o barítono uruguaio Juan Carlos Gebelin, em Montevidéu, e com a principal voz feminina especializada em música contemporânea no Brasil, Martha Herr. Tem mantido boa regularidade em sua carreira artística e atualmente cursa o mestrado em Música na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Cyro Delvizio, violonista e compositor, nascido em Campo Grande (MS), é bacharel em violão pela UFRJ, onde estudou com Graça Alan e Turíbio Santos. Tem se dedicado tanto à composição quanto à carreira de intérprete, conquistando espaços importantes em ambas as áreas. Atualmente cursa o mestrado em Musicologia na UFRJ.
O duo atualmente se dedica intensamente à interpretação da obra de Edino Krieger, que tem acompanhado de perto esta produção e orientado a transcrição de obras originalmente escritas para canto e piano.


Serviço:
Sonora Brasil - 4ªEtapa
Terça-feira 29 de Outubro as 20h30 | Salda de Espetáculos SESC Londrina 
Ingressos: gratuitos ( retirar 1 hora antes da apresentação)


quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Como dizia o poeta

Escola Municipal de Teatro estreia “Eu sei que vou te amar”, espetáculo inspirado na canção e nas paixões de Vinicius de Moraes

         No ano de 1953, para sanar dificuldades financeiras, Vinicius de Moraes começa a escrever para o semanário “Flan”, do tabloide “Última Hora”. Nada incomum, não fosse o fato de o poeta assumir o pseudônimo de “Helenice”. É a persona feminina quem presta consultoria sentimental na coluna “Abra o seu coração”, espaço destinado a responder cartas de leitores com conselhos amorosos.

A Escola Municipal de Teatro explora este episódio pouco conhecido da biografia do poeta para a construção de “Eu sei que vou te amar”, espetáculo que estreia nesta quinta-feira (24), às 21 horas, no Circo Funcart (Rua Senador Souza Naves, 2380), com ingressos a R$ 10,00 e 5,00 (meia). A montagem permanece em cartaz nos dias 25, 26, 27, 29, 30, 31 de outubro, 1, 2 e 3 de novembro, sempre no mesmo horário.

Foto de Priscila Souza
Após um ano de pesquisas e oito meses de montagem, a peça chega a público no mês em que se comemora o centenário de nascimento do poeta. Com texto inédito do jornalista Francismar Lemes e direção conjunta de Silvio Ribeiro e Simone Andrade, “Eu sei que vou te amar” intercala histórias de paixões intensas e inconclusas – como a cantada na canção-título e como as vividas por Vinicius.

“A música ‘Eu sei que vou te amar’, uma de suas mais importantes composições com Tom Jobim - essa paixão para a vida inteira, ‘por toda a minha vida’ - é a principal inspiração”, comenta Silvio Ribeiro. Os versos da composição e os relatos da personagem Helenice alinhavam as múltiplas narrativas. Dentre elas, a história de uma noiva que é abandonada no altar e, depois da desilusão, entra para o Circo, onde realiza o número da Monga. A saga de Cassiano, fã alucinado da cantora Lola, que, por sua vez, só tem olhos para o ofício artístico. A trama de uma cabeleireira que se apaixona perdidamente por um homem que vai para a guerra e não volta mais.  A dor de Ravel, traído pela esposa Estela com seu próprio irmão. 

Foto de Priscila Souza
“Para mim, ‘Eu sei que vou te amar’ é uma história inacabada, um amor inconcluso, e todas as tramas do espetáculo têm essa característica: a gente não sabe muito bem como termina”, explica Francismar Lemes. Ao longo da criação, o dramaturgo realizou encontros com o elenco, que expunha memórias afetivas por meio de improvisações. “Eu misturei histórias que Helenice orientou com outras que eu criei a partir do que os atores trouxeram”.

Para Lemes, o maior desafio foi dar forma ao texto partindo apenas de uma canção tão abstrata como a que dá nome ao espetáculo. A solução foi mergulhar na famosa biografia escrita por José Castello, “Vinicius de Moraes – o poeta da paixão”, onde descobriu o pseudônimo feminino. “O Francismar tem uma forma muito poética de escrever. Ele pesquisou a vida de Vinicius e o texto veio tão poético quanto uma obra do autor”, ressalta Silvio.

Foto de Priscila Souza
Os diretores optaram por levar os espectadores para cima do palco, aproximando-os ainda mais das tramas confessionais, por isso a capacidade máxima é de 100 pessoas por apresentação. “A representação maior é de um bar, onde as pessoas se encontram, onde a Lola canta e os músicos tocam ao vivo. O público vai reconhecer dentro deste ambiente as figuras que protagonizam aquelas histórias”, explica. O grande elenco, composto por 35 formandos da Escola Municipal de Teatro, permanece do início ao fim da montagem em cena.  A banda - com baixo, teclado e bateria - tem direção musical de Ricardo Penha e traz um pouco da formação jazzística do início da Bossa Nova.

O contexto da década de 50, aliás, inspirou a construção da biografia das personagens, além da confecção dos figurinos e dos cenários. Os atores estudaram a música, a arquitetura, a política e a sociedade da época. “Eles precisavam saber o que significava uma noiva ser abandonada no altar ou uma mulher trocar o marido pelo irmão na década de 50”, coloca Silvio. A cenografia, que possui um mezanino onde se passam parte das cenas, foi criada coletivamente pelo elenco sob a orientação de Emerson Bueno.
“Eu sei que vou te amar” é o segundo espetáculo da Escola Municipal de Teatro baseado na obra de Vinicius de Moraes e em homenagem ao seu centenário. O primeiro, “O Julgamento do Poeta”, que cumpriu temporada em agosto com direção de Carol Ribeiro, retratava o universo do poeta para o público infanto-juvenil. O projeto das duas montagens comemorativas tem patrocínio do PROMIC – Programa Municipal de Incentivo à Cultura.

Renato Forin Jr. (assessoria de imprensa)

Serviço:
“Eu sei que vou te amar”
Escola Municipal de Teatro
Dias 24, 25, 26, 27, 29, 30 e 31 de outubro
1, 2 e 3 de novembro
Às 21 horas
No Circo Funcart (Rua Senador Souza Naves, 2380)
Ingressos: R$ 10,00 e R$ 5,00 (meia)
Duração: 70 minutos
Informações: (43) 3342-2362

Ficha Técnica:
Texto: Francismar Lemes
Direção: Silvio Ribeiro e Simone Andrade
Coreografia: Thiago Spengler
Direção Musical: Ricardo Penha
Produção: FUNCART
Coordenação de Produção: Fernanda Fernandes
Assessoria de Imprensa: Renato Forin Jr.
Iluminação: Emerson Bueno
Costureira: Aparecida Fernandes
Artista Gráfico: Thayane Castanho
Cenografia e Cenotécnica: Criação e montagem coletiva sob orientação de Emerson Bueno
Músicos: Ricardo Penha, Cléssio, Paganini
Elenco: Admilson Soares, Alexia Bianca, Aline Stephano, Ana Limaverde, Carolina Dandrea, Christian Fernandes, Christopher Fernandes, Cristiano Feijó, Emerson Bueno, Filipe Garcia, Fillipe Câmara, Giovanna Stocco, Guilherme La Mira, Izabela Camargo, Jhonies Goularth, Jhonny Araújo, João Nunes, Júlia Mansur, Karin Fornaciari, Lara Leite, Larinha Carey, Larissa Martins, Leticia Faria, Luiz Rossi Jurocalu, Manu Garcia, Mina Kawakami, Thayane Castanho, Valéria Soares, Vanessa Yamamoto e Victor Laffranchi


quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Ballezinho de Londrina comemora 15 anos

Companhia jovem da Funcart relembra espetáculos de sua trajetória em “Túnel do Tempo”, que será apresentado no fim de semana

         O Ballezinho de Londrina celebra junto do público londrinense seu aniversário de 15 anos com o espetáculo “Túnel do Tempo”, que inclui trechos de montagens antigas e uma pequena prévia de “FlashBack”, peça inédita que estreia em novembro. “Túnel do Tempo” fica em cartaz sexta (18) e sábado (19), sempre às 20 horas, no Teatro Zaqueu de Melo (Rua Rio de Janeiro, 413). A entrada é gratuita.

         No espetáculo, é possível vislumbrar o caminho de evolução da linguagem do Ballezinho e a versatilidade do grupo, que busca o diálogo da dança contemporânea com outras manifestações artísticas, como a mímica, a canção, o HQ e o circo. Dirigido desde 1998 por Wagner Rosa, o Ballezinho pauta sua pesquisa na extrapolação das técnicas clássicas e na subversão de conceitos como a verticalidade e a longelinearidade do balé.

Foto de Herikson Souza

         Nas apresentações deste fim de semana, a companhia revisita várias montagens. “Móbile – Work in Progress” (2011), por exemplo, tem como base a técnica de dança de rua finger tutting, com a qual os bailarinos elaboram imagens cinéticas utilizando braços, mãos e dedos. Já “Circular” (2008) explora a desarticulação corporal, os movimentos horizontais e a busca de novos eixos de equilíbrio para os bailarinos.

Também integram o espetáculo partes de “Depois de Decidir Que Não Ia, Fiz Que Fui e Voltei!” (2006), com jogos lúdicos associando a dimensão visual e auditiva, e amostras de “Labirinto” (2009), concebido a partir da experiência pessoal e do repertório corporal dos dançarinos.

         “Túnel do Tempo” foi apresentado recentemente, no último dia 12 de outubro, dentro da programação do Festival de Dança de Londrina.

O Ballezinho de Londrina constitui uma instância intermediária entre as atividades de formação desenvolvidas pela Escola Municipal de Dança e o trabalho profissional do Ballet de Londrina. Ao longo destes 15 anos, o grupo montou 17 espetáculos e realizou mais de 870 apresentações em Londrina e região, além de participar de festivais em outros estados brasileiros.  Durante a temporada 2013, o Ballezinho conta com o patrocínio do PROMIC – Programa Municipal de Incentivo à Cultura.

Assessoria de imprensa Funcart

Serviço:
“Túnel do Tempo”
Ballezinho de Londrina
Sexta (18/out) e sábado (19/out)
Às 20 horas
No Teatro Zaqueu de Melo (Rua Rio de Janeiro, 413)

Entrada gratuita

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Corpos e mentes em movimento

Ao longo de dez dias, o 11º Festival de Dança de Londrina levou ao palco do Circo Funcart e a espaços abertos da cidade um público estimado em 8 mil pessoas

            No domingo (13/out.), o maior palco a céu aberto de Londrina recebeu bailarinos clássicos e contemporâneos para a apresentação de encerramento do Festival de Dança 2013. A “Noite dos Clássicos”, no Anfiteatro do Zerão, apresentou para um público numeroso e atento “A Sagração da Primavera”, do Ballet de Londrina, a “Suite Dom Quixote”, da Escola Municipal de Dança (Londrina), e o grand pas de deux “Diana e Acteon”, da Cia Jovem da Escola do Teatro Bolshoi no Brasil (Joinville-SC).

Noite dos Clássicos no Zerão - fotos de Fábio Alcover e Mariana Hertel

Na mesma noite, o cerimonial reuniu a coordenadora do Festival Danieli Pereira, o presidente de honra Leonardo Ramos, a secretária municipal de cultura Solange Batigliana e, representando o prefeito Alexandre Kireeff, o vice-prefeito Guto Bellusci. Também subiram ao palco os patrocinadores Élcio José Coelho de Lara, superintendente regional da Caixa Econômica Federal, e Paula Sandreschi Victor, analista técnica de cultura do Serviço Social da Indústria (SESI).
Durante a cerimônia, o presidente de honra explicou que o Festival é “parte de um quebra-cabeça maior que tem a intenção de tornar a linguagem da dança acessível aos 500 mil habitantes da cidade”.  Já o vice-prefeito abordou a vocação londrinense para os Festivais - “a gente mostra o caminho para o desenvolvimento artístico do Brasil”. A coordenadora Danieli Pereira agradeceu o público, que, em massa, prestigiou os dez dias dedicados à arte do movimento. “Sem dúvida, foi uma edição histórica do evento, que pretende cada vez mais quebrar as barreiras entre as linguagens e ocupar toda a cidade de Londrina”, enfatizou.
Edição histórica – São vários os motivos que levam a organização a considerar a 11ª edição um marco na trajetória do Festival de Dança de Londrina. A intensa programação de espetáculos nacionais e internacionais, oficinas e mesas de debate consolidaram a identidade do evento - marcada pelo diálogo entre as artes a partir da dança e pelo intercâmbio de conhecimentos propiciado pela grade didática.
A ocupação de espaços públicos, voltando os olhos dos espectadores para questões da cidade, a reunião de montagens de reconhecida qualidade e os preços acessíveis das atrações são outras características que destacam o Festival londrinense no cenário dos eventos de artes cênicas do sul do país.
“A realização de um Festival envolve uma responsabilidade ética e estética. Basicamente, a nossa busca é propiciar o acesso das pessoas à arte e permitir que estas experiências sejam marcantes e transformadoras, que despertem novas posturas no que se refere à sua existência individual e coletiva”, explica Danieli Pereira, coordenadora do evento há quatro anos.
Em 2013, mais de 8 mil pessoas assistiram aos espetáculos da programação artística e participaram da grade didática. Ao todo, quinze companhias brasileiras e estrangeiras apresentaram-se com sucesso de público e seis atividades formativas tiveram suas vagas esgotadas em poucos dias. Os nomes de destaque da cena nacional e internacional atraíram para a bilheteria, já no primeiro dia, uma fila de espectadores. Ingressos para a montagem “Ave Maria”, do Odin Teatret (Dinamarca), acabaram em uma hora.
Master Class com Eugenio Barba (Odin Teatret) - fotos de Fábio Alcover e Mariana Hertel
A presença do diretor Eugenio Barba e da atriz Julia Varley, do lendário grupo dinamarquês, aliás, foi o grande destaque da programação e selou as interfaces entre dança e teatro no território cada vez mais híbrido das artes cênicas. A Cie À Fleur de Peau (França) e Dancenema (Portugal) igualmente apresentaram espetáculos que trouxeram fusões da dança com o circo, com as artes visuais e com a mímica. A montagem “Azul Infinito”, do grupo português, teve em Londrina a sua estreia nacional e segue em turnê em 2014 por outros festivais brasileiros.
Da cena brasileira, passaram pelo evento grupos e artistas dos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Minas Gerais, Bahia e Pernambuco. Na ausência do Teatro Ouro Verde, incendiado no início do ano passado, e de outros espaços com estrutura adequada à dança, o Festival utilizou o palco do Circo Funcart (com capacidade média para 200 espectadores) e levou atrações a espaços abertos e alternativos.
Foi o caso do encerramento, com a “Noite dos Clássicos” no Anfiteatro do Zerão, e da abertura - um dos destaques da programação. Pela primeira vez em Londrina, o Grupo Ares, de São Paulo, encenou “Tempo Suspenso” no dia 4 de outubro. A montagem de dança aérea foi remontada a pedido da organização com elementos alusivos à cidade e projetada para ocupar o histórico prédio da Casa da Criança, sede da Secretaria da Cultura, há quatro anos em reformas.
Em razão do tempo chuvoso, a apresentação de abertura teve de ser transferida para o interior do Royal Plaza Shopping. Os bailarinos do grupo paulista atiraram-se dos últimos andares e realizaram arriscadas performances no rapel, encantando as pessoas que se posicionaram nos vários pisos do shopping. A canção “Londrina”, de Arrigo Barnabé, integrou a trilha junto de clássicos como “Beatriz” (Chico Buarque e Edu Lobo) e “Oração ao Tempo” (Caetano Veloso).
Outras iniciativas ousadas de ocupação de espaços surpreenderam o público. O GEDA Cia de Dança, de Porto Alegre (RS), transformou a parte interna da Biblioteca Pública Municipal de Londrina para a apresentação de “Não me toque, estou cheia de lágrimas – sensações de Clarice Lispector”. O espetáculo baseado na vida da escritora levava os espectadores a percorrerem vários ambientes do prédio. De forma inusitada, a bailarina terminava sua performance do lado de fora da Biblioteca, na rua Rio de Janeiro, em direção ao Bosque.
El General no Zerão - fotos de Fábio Alcover e Mariana Hertel

O feriado do Dia da Criança (12/out.) foi animado por uma programação especial no gramado do Zerão. A diversão ficou por conta do palhaço Rafael de Barros, em “El general”, e do Ballezinho de Londrina, que relembrou trechos de espetáculos de seus 15 anos de estrada.
Ao propor como bandeira o diálogo entre as linguagens e ao oferecer um eclético panorama da dança - do clássico ao contemporâneo, das vertentes tradicionais ao hip hop - o Festival de Londrina aglutinou públicos de diferentes interesses. Na programação didática, o evento fomentou a reflexão e o intercâmbio de ideias não só com o imenso contingente de estudantes e profissionais da dança em Londrina, mas também com alunos de artes cênicas, atores, professores, performers e pessoas que buscam a iniciação nas artes do palco.
O encerramento do evento neste dia 13 marca o término da mostra oficial de outubro, mas não põe fim à programação, que pretende ampliar-se com as “Extensões” do Festival de Dança. A ideia é implementar a agenda cultural da cidade oferecendo ao público espetáculos, palestras e oficinas em outros momentos do ano.
A primeira Extensão aconteceu no mês de maio, quando, em um mesmo final de semana, o Festival reuniu em Londrina Jean-Jacques Lemêtre, mestre da música do Théâtre du Soleil (França), e o coreógrafo mineiro Vanilton Lakka, referência na pesquisa inventiva com o hip hop na ocupação da cidade.

Renato Forin Jr. / Assessoria de Imprensa Festival de Dança

O 11º Festival de Dança de Londrina aconteceu de 4 a 13 de outubro de 2013.
O Festival é uma realização da APD (Associação dos Profissionais de Dança de Londrina e Região Norte do Paraná). Apoio institucional: Funcart. Patrocínio: Programa Municipal de Incentivo à Cultura (PROMIC); Caixa Econômica Federal e SESI. Apoio: Loja Shop Ballet; Rádio UEL; College Language Center; Casa de Cultura da UEL / Divisão de Artes Cênicas; CLAC – Centro de Artes e Loja Balé Mania.


Informações: www.festivaldedancadelondrina.art.br / Fone: (43) 3342-2362